sábado, 14 de agosto de 2010

O brinquedo encontrado

Gabriele Greggersen

Em homenagem aos meus sobrinhos, que ajudaram a escrever essa história.

Os cinco meninos de uma família muuuito grande e que tinham somente um ano de diferença de idade entre si, se viram novamente em apuros certo dia, enquanto ainda estavam se organizando para mudar de vida. Sim, porque no outro episódio, uma caixa perdida quase pôs a perder o amor de sua mãe querida, que sofria até então com a bagunça e falta de organização dos meninos.

Depois aquele episódio, entretanto, todos os cinco, desde o de três, que mal sabia contar, até o de cinco, que já sabia escrever o nome, até o de sete, que já ia na escola e tinha seus amiguinhos por lá, mas nem por isso desgrudava dos irmãos é claro, todos eles decidiram se organizar. Pois noventa por cento da chateação que eles provocavam na mãe tinha a ver com essa mania deles bagunçarem tudo e não arrumarem nada. Eles também haviam reconhecido nessa importante experiência de vida que a sua falta de organização era um estorvo para eles mesmos.

Ou pelo menos era isso que eles estavam prestes a descobrir nesse novo e eletrizante episódio, que começou quando o irmão de sete anos, vamos chamá-lo de Ricardo, se dá conta do sumiço do seu brinquedo predileto: um robô de última geração. A sua primeira medida foi imitar o irmão de cinco anos, que tal chama-lo de Fabio, que havia organizado uma força tarefa entre os irmãos para vasculhar a casa atrás da caixa perdida. Então, ele chamou os irmãos e organizou uma equipe para achar o seu brinquedo. Embora com menos entusiasmo do que da outra vez, já que o maior interessado era o irmão mais velho, todos os irmãos se empenharam, mas nada de robô.
No final daquela tarde, já desanimado, Ricardo perguntou ao irmão um ano mais novo, que também gostava de brincar com o robô de vez em quando, quando foi a última vez que ele o havia visto ou brincado com ele.
Carlos disse que não lembrava, mas que tinha certeza que foi no dia em que houve uma pane geral na parte elétrica da casa e tiveram que chamar de novo o eletricista com sua caixa.

- Muito bem, disse Ricardo, o robô só pode ter ido parar na maleta dele, não acham? Por que aqui não está.

- Mas essa é só uma entre várias hipóteses, é claro, - ponderou Fabinho.

- Não me importa, tenho certeza de que foi lá que o robô foi parar, então, eu tenho um plano: Fabinho, você que é mais chegado a ele, vá passar um dia aprendendo as habilidades elétricas com ele e leve o Roy contigo, nosso irmão mais novo. Então, enquanto o Roy o distrai, entendeu Roy, brinca com ele, faz aquelas caras, você dá uma espiada na caixa dele.

- Não sei não, pois acho remota a hipótese, mas não custa. Vou ligar para ele.

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