sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

C.S. Lewis e a imaginação

Por Julie de Pádua
http://juliediz.blogspot.com/2009/07/cs-lewis-e-imaginacao.html?showComment=1249046453291#c3082941854588767319

TODAS AS FRASES EM ITALICO FORAM RETIRADAS DO LIVRO O IMAGINÁRIO EM AS CRÔNICAS DE NÁRNIA.*

"O leitor interessado na obra de C.S Lewis vai deparar com discussões que o conduzirão a um enfrentamento intelectual."

Essas são palavras do Mestre e Doutor em Lingüística João Batista Costa Gonçalves no prefácio do livro "O imaginário em as Crônicas de Nárnia" do Pastor Professor Advogado e Mestre em Direito Público Glauco Barreira Magalhães Filho.

Ler C.S Lewis é uma aventura, é um convite a abrir a mente. Verdadeiramente nada fácil, mas é um desafio que eu digo sim !

C.S Lewis foi poeta, filósofo, apologista cristão, escritor, professor e crítico literário. Embora polígrafo – escreveu sobre filosofia, poesia, crítica literária, literatura fantástica e ficção científica –, foi sua produção no campo da literatura fantástica que mais ganhou destaque. Através de figuras tradicionais dos contos infantis, o evangelho pode ser apresentado às crianças.

Utilizando-se de imagens oriundas da mitologia grega e nórdica, e dos contos de fadas, Lewis sempre procurou transmitir os valores cristãos em seus escritos. Foi grandemente influenciado pelas obras de George MacDonald, que escreveu sobre a importância da fantasia, e G.K Chesterton, que destacou a influencia moral positiva dos contos de fadas. Tanto MacDonald como Chesterton sempre professaram a fé em suas obras.

Lewis foi ainda amigo pessoal de J.R.R Tolkien, autor da conhecida obra O senhor dos aneis, adaptada também para o cinema. Tolkien pertencia aos Inklings, um grupo de catedráticos que discutia filosofia, literatura e mitologia, ao qual Lewis também se associou, em 1939.

O Pastor Glauco conta na introdução do livro algo que se Lewis estivesse vivo, certamente diria: missão cumprida. O Pastor conta que quando assistiu ao desenho O leão, a feiticeira e o guarda-roupa , ainda não era cristão mas a mensagem cristã subliminar contida no desenho entrou no inconsciente e passou a integrar o conjunto de fatores implícitos que contribuíram para conduzi-lo a Cristo. Isso é sem dúvida um acontecimento maravilhoso!

A seguir pretendo elaborar uma síntese das ideias contidas no livro do Pastor Glauco, mas especificamente nas palavras que compõem apenas a introdução.

A ciência tenta explicar a fé, muitos levantam argumentos contra o cristianismo, procuram refutar as doutrinas cristãs com argumentos que presumem ser racionais, mas a realidade é que as necessidades mais profundas do ser humano não podem ser traduzidas em linguagem científica. As respostas que estão ao alcance da razão não são satisfatórias. A Bíblia traz promessas que devem ser recebidas por fé. Elas falam de um suprimento espiritual que só pode ser comunicado por figuras e metáforas, ou seja, pela transposição o sentido literal de uma palavra para o sentido figurado.

A imaginação faz parte do homem, muitas pessoas tomam decisões com base em pensamentos como: imagine só se tal coisa acontecesse... ou, estava imaginando como seria a minha vida se eu tivesse feito tal coisa... e assim por diante. O ser humano é um ser imaginativo e por isso que dentro das igrejas a pregação precisa ser acompanhada mais pela imaginação do ouvinte do que pela razão. Cresceríamos muito, penso eu, se os pregadores entendessem que pregar o evangelho envolve também a tentativa de despertar a criança adormecida em cada pessoa. Podemos nesse sentido lembrar-se da passagem de Mateus 18.3: "e disse: Em verdade vos digo que se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus" e também Lucas 18.17 "Em verdade vos digo que, qualquer que não receber o reino de Deus como criança, de modo algum entrará nele."

O Pastor Glauco trás em seu livro uma fala interessantíssima de Lewis: "O homem imaginativo em mim é mais velho, mais continuamente ativo e, nesse sentido, mais fundamental que qualquer um dos outros, o religioso e o crítico. [...]. Também é claro que foi ele quem me levou, nos últimos anos, a escrever a série de contos narnianos, destinados às crianças; não porque eu estivesse preocupado com o que elas queriam ouvir, ou que me comprometeria a fazer adaptações [...], mas porque o conto de fadas foi o melhor gênero literário que encontrei para expressar o que pretendia dizer".[i]

Sou suspeita para afirmar qualquer coisa a respeito da grande maravilha que é ter C.S. Lewis e toda a sua obra ao meu lado, ao lado de Jesus. Sinto-me privilegiada por isso, e muito grata a Deus. A forma que as Crônicas de Nárnia foram tomando ao momento que foram sendo escritas, revela, pelo menos a mim, a grandiosa mente de Deus. Deus é um ser extremamente criativo, Jesus era um contador de histórias e ter isso a nosso favor é ter a oportunidade de navegar os mares da imaginação.

Sendo assim, para finalizar esse minúsculo texto, o primeiro de alguns que viram se Deus quiser e eu me esforçar, uso novamente as palavras do Pastor Glauco: Devemos, pois, cingir os lombos com a verdade. Na Bíblia a palavra lombo simboliza fertilidade e, nessa citação, ela remete à fertilidade da mente. Deus não condena, portanto, a imaginação criativa no campo religioso, afinal ela consiste num dos traços da imagem e semelhança que temos com aquele que fez o céu e a terra. [...]. O importante é que nossa imaginação esteja cingida com a verdade, isto é, comprometida com o evangelho. [...]. A imaginação é, portanto, uma faculdade que faz parte do tudo que há em nós que deve glorificar e bendizer ao Senhor.

Com prazer,

Julie F. de Pádua

17.07.09 – 17h52

[i] W. HOOPER, Letters of C.S. Lewis, p. 444.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Novo livro lançado

Veja lançamento de Adriana Torquatto (ex-orientanda) "Era Uma Vez", http://www.mundocristao.com.br/produtosdet.asp?cod_produto=10645&cod_categoria=160, Editora Mundo Cristão.